O que são fandoms? Explorando o “reino dos fãs”

São tantos termos na indústria do entretenimento que é comum não estar por dentro de tudo. O que são fandoms, afinal?

Esses grupos apaixonados vão além de simplesmente gostar de algo – eles vivem, respiram e até criam em torno de suas paixões.

Seja para defender um artista, teorizar sobre séries ou criar memes épicos, os fandoms têm um jeito especial de transformar hobbies em movimentos culturais.

Mais do que diversão, os fandoms são comunidades vibrantes, cheias de criatividade e interação. Eles unem pessoas ao redor do mundo, quebrando barreiras culturais e linguísticas. Não é só sobre um show, livro ou filme, mas sobre a força que essas conexões criam.

Mas até onde vai o poder dos fãs? Quando comunidades inteiras se juntam, é possível influenciar a mídia, mudar histórias ou até moldar tendências globais.

Vamos explorar esse universo e descobrir o que faz os fandoms serem tão fascinantes. 😉

O que é um fandom?

Sailor Moon tem o fandom “Moonies”

Um fandom é como um clube de pessoas apaixonadas que compartilham uma admiração em comum, seja por uma banda, série, jogo, anime ou até um universo fictício.

O termo vem de “fan” (fã, em inglês) combinado com “dom” (de “kingdom”, reino em inglês), representando o “reino dos fãs”.

Historicamente, os primeiros fandoms surgiram antes mesmo da internet, com fãs de livros, como os de Sherlock Holmes, organizando eventos e trocando correspondências no início do século 20.

Mas foi com a cultura pop moderna, especialmente após o boom de séries de TV e filmes no século 21, que o termo ganhou força.

Uma diferença interessante é que ser fã de algo não necessariamente faz de você parte de um fandom.

Fãs individuais curtem sua paixão de forma isolada, enquanto participantes de fandoms estão conectados em comunidades, organizando ações, criando conteúdos e, muitas vezes, defendendo suas opiniões com unhas e dentes.

Quem nunca viu uma guerra de fandoms na falecida rede social do passarinho azul?

Exemplos de fandoms

Há centenas de fandoms espalhados pelo mundo. Veja alguns deles:

  • A.R.M.Y (fãs do BTS)
  • Moonies (fãs de Sailor Moon)
  • Trekkies (fãs de Star Trek)
  • Zepheads (fãs de Led Zeppelin)
  • Thronies (fãs de Game of Thrones)

Mas não para por aí. Até marcas, esportes e influenciadores têm seus próprios fandoms. O que une todos eles é a intensidade dessa paixão compartilhada, capaz de gerar memes, teorias e até mudanças no mundo real.

A evolução dos fandoms ao longo do tempo

Star Trek tem o fandom “Trekkies”

Os fandoms não nasceram ontem, e suas raízes são mais profundas do que imaginamos. Como já mencionei, os primeiros registros de comunidades de fãs remontam à literatura, como os admiradores das obras de Sherlock Holmes no início do século 20.

Tais fãs não só discutiam as histórias como também chegaram a protestar quando o autor tentou “matar” o detetive em um de seus contos. Mais tarde, com a chegada do rádio e dos primeiros programas populares, o conceito de fandom começou a se expandir.

Mas foi a TV e o cinema que deram um salto gigante nesse universo.

Produções como Star Trek nos anos 1960 criaram verdadeiras legiões de fãs que iam além de assistir: eles organizavam convenções, escreviam histórias inspiradas no universo das séries e até ajudaram a reviver franquias que poderiam ter desaparecido.

Esses fandoms mostraram o poder que os fãs têm na cultura pop.

E então veio a internet – e tudo mudou novamente. Com as redes sociais, fóruns e plataformas como o Reddit, fãs ganharam espaços para se conectar globalmente, compartilhar teorias e criar conteúdos.

Foi nesse cenário que fandoms de séries como Breaking Bad se destacaram. A série não só conquistou milhões de espectadores como mobilizou fãs a ponto de transformar cenas e personagens em memes icônicos, além de debater sobre moralidade e a complexidade dos personagens.

Hoje, os fandoms vão muito além do consumo passivo. Eles moldam a cultura, ditam tendências e até influenciam produções futuras.

Não é só assistir ou ler. É participar, criar e transformar. Quem diria que algo tão simples quanto gostar de uma série poderia ter tanto impacto?

O poder dos fandoms: impacto cultural e econômico

Antes e depois de Sonic após fãs reclamarem do visual do personagem no primeiro filme

Os fandoms têm um poder gigantesco não apenas no universo nerd/geek. Eles moldam tendências culturais, impulsionam lançamentos de produtos e até determinam o sucesso de produções de filmes, séries e música.

Ou seja, mais do que admirar, essas comunidades são agentes ativos que influenciam decisões e geram mudanças.

Quer ver como isso funciona? Pense na comunidade de fãs de Stranger Things. O sucesso da série não só trouxe de volta a nostalgia dos anos 80 como também transformou músicas antigas, como Running Up That Hill de Kate Bush, em hits das paradas globais.

Além disso, os fandoms ajudaram a impulsionar o uso de produtos ligados à série, desde roupas até jogos de tabuleiro.

O impacto econômico vai além do consumo direto. A verdade é que o marketing encontrou nos fandoms uma mina de ouro. Marcas estão cada vez mais buscando dialogar com essas comunidades de forma autêntica.

Por exemplo, eventos como a Comic Con deixaram de ser apenas para fãs de quadrinhos e se tornaram vitrines globais para lançamentos de produtos, trailers e colaborações exclusivas.

Mais do que consumidores, os fandoms são co-criadores. Quando um filme ou série atende às expectativas de seus fãs – ou quando escuta suas sugestões –, isso gera engajamento e fortalece a base de audiência.

Um exemplo interessante é como os fãs de Sonic protestaram contra o design do personagem no trailer do primeiro filme. Convenhamos, o ouriço mais amado dos games estava bizarro mesmo.

Bom, o barulho foi tanto que os produtores refizeram a animação, garantindo uma estreia bem-sucedida nos cinemas.

Esse diálogo é a chave para o sucesso: os fandoms não só consomem, mas também transformam e recriam o que amam. Afinal, quem manda no hype é a paixão dos fãs!

Fã ou hater? Tudo tem dois lados

Muitos fandoms querem sair no soco, como Hank Schrader fez com Walter White

Os fandoms têm o poder de criar conexões únicas entre pessoas de diferentes culturas e lugares. Esse senso de comunidade é um dos aspectos mais bonitos dessas redes.

É uma delícia compartilhar teorias, debater cenas e até criar fanarts ou fanfics baseados em algo que todos amam.

Porém, nem tudo são flores no universo dos fãs. Rivalidades tóxicas entre diferentes fandoms ou mesmo dentro da mesma comunidade podem gerar um ambiente hostil.

Quem nunca viu uma briga online entre fãs de séries rivais ou até uma disputa para provar quem é mais fã? Sim, é um comportamento tão absurdo quanto guerra de consoles.

O que acontece é que, infelizmente, esses comportamentos extremados podem afastar novos integrantes e transformar o que deveria ser uma diversão em algo estressante.

Outro desafio é a exclusividade. Alguns fandoms criam uma barreira de entrada para novos fãs, julgando quem “chegou agora” ou desmerecendo gostos diferentes dentro da comunidade.

Conclusão

Fandoms conectam pessoas, influenciam tudo ao nosso redor e deixam a vida mais divertida.

Da literatura aos memes, passando por movimentos sociais e até lançamentos de produtos, os fandoms têm o poder de deixar sua marca. Eles evoluíram com a internet e, com certeza, ainda vão surpreender.

Seja através de criatividade, mobilizações ou até mesmo no impacto econômico, o poder dos fandoms é inegável.

Paixão é incrível, mas deve vir acompanhada de respeito, equilíbrio e maturidade. Afinal, o que une os fãs é o amor pelo conteúdo, não a necessidade de provar algo a alguém.

E você, já faz parte de algum fandom ou está perdendo essa festa? 🙂

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Giovanna Coppola
Giovanna Coppola

Uma das minhas memórias mais antigas sou eu com aproximadamente 6 anos deixando o Mega Drive ligado a noite toda porque não podia perder meu progresso em Sonic the Hedgehog. Além de jogos de videogame, sou apaixonada por tecnologia, cultura geek, arte, k-dramas, café, gatos e mais algumas coisinhas.

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