Guerra de consoles: o que é e por que você não deve participar

A famosa guerra de consoles já é parte do DNA dos jogos há décadas. Desde os anos 90, quando Sega e Nintendo protagonizavam batalhas épicas pela preferência dos players, até os dias de hoje, com Xbox e PlayStation se enfrentando nas prateleiras, as rivalidades entre as grandes marcas de videogame continuam a ser um prato cheio para discussões acaloradas.

Mas ao longo de todos esses anos, uma pergunta persiste: por que os jogadores se envolvem tanto em disputas que, no fim, não mudam nada nas suas vidas?

Ninguém vai ganhar uma medalha ou ações na empresa por “defender a bandeira” de uma marca.

Então, será que realmente vale a pena se deixar levar por essa rivalidade, ou é melhor aproveitar o que cada console tem de melhor sem ficar preso a rótulos?

O que é a guerra de consoles?

A guerra de consoles é o nome dado à rivalidade entre as principais marcas de videogames que buscam dominar o mercado. Esse termo surgiu nos anos 80 e 90, quando Sega e Nintendo travaram uma das disputas mais intensas da história dos jogos.

Ambas as empresas estavam em busca do título de líder de vendas e do maior número de fãs. A Sega investiu em comerciais agressivos, enquanto a Nintendo apostava em personagens icônicos como Mario e Zelda.

O embate foi tão marcante que se transformou em uma espécie de “fanatismo” por parte dos jogadores, que defendiam suas marcas com unhas e dentes.

Na década seguinte, foi a vez de PlayStation e Xbox entrarem em cena. A Sony, com seu PlayStation, trouxe gráficos inovadores e jogos imersivos, enquanto a Microsoft, com seu Xbox, investiu em uma plataforma mais voltada para o online e serviços, criando mais uma divisão entre os fãs.

O mais curioso sobre essa “guerra” é que, por mais que pareça uma disputa de paixão entre consumidores, ela é, na verdade, uma competição de mercado entre as empresas.

No final das contas, cada um compra o que mais se encaixa no seu gosto ou orçamento, mas a rivalidade é algo que muitas vezes parece mais intensa para os jogadores do que para as marcas.

Calma lá: sua vida não depende disso!

O fanatismo pela guerra de consoles vai muito além de gostar de um videogame. Tem a ver com algo mais profundo: o famoso brand loyalty, ou fidelidade à marca.

Quando alguém escolhe um console, não está só comprando um produto, mas adotando quase um estilo de vida. E, claro, isso cria uma ligação emocional.

Defender a marca favorita vira parte da identidade da pessoa. Quando um rival aparece, a reação pode ser um pouco… exagerada.

Esse fenômeno é um tipo de “tribalismo”. Os jogadores se dividem em “tribos” – a galera do PlayStation, a turma do Xbox, os Nintendistas e assim por diante – e começam a ver qualquer crítica à sua marca como um ataque pessoal.

A necessidade de defender o console escolhido cresce, como se a própria existência estivesse em jogo. É maluco demais.

O mais curioso é que, na maioria das vezes, essas brigas não afetam em nada a vida real. Mesmo assim, as pessoas se entregam de tal forma a essa rivalidade, como se estivessem competindo por algo realmente valioso.

No final das contas, é só um jogo, mas algumas pessoas pensam que estão em uma luta real estilo soulslike contra o boss mais difícil do game.

É uma cilada, Bino!

Vem cá, já deu para perceber quem sai ganhando com essa história toda? As empresas, claro. E você, mestre dos magos? Bem, não.

A competição entre Sony, Microsoft e Nintendo é só uma jogada de marketing para manter os compradores leais e, claro, vender mais.

Cada novo lançamento de console vira uma desculpa para acirrar a briga, com as marcas fazendo campanhas que tentam convencer todo mundo de que uma é “melhor” que a outra.

E adivinha? Isso só aumenta a empolgação do público e os faz gastar mais em novos produtos.

Essas campanhas são feitas sob medida para explorar a rivalidade. Um ótimo exemplo são os exclusivos, aqueles jogos que só rodam em uma plataforma.

Isso cria ainda mais divisão, e faz com que os fãs sintam que precisam defender sua escolha para “não perder a experiência completa”. E tudo isso funciona porque mexe com o tal do “tribalismo” das guerras de consoles, onde ninguém quer ser o perdedor.

Mas, no fim das contas, quem realmente ganha com tudo isso não são os jogadores, mas as empresas. A cada lançamento e renovação da rivalidade, elas ganham marketing de graça e a atenção da galera.

É uma cilada, Bino.

O resultado? Todo mundo alimentando o sucesso das grandes corporações, enquanto os jogadores ficam só com a satisfação (ou a frustração) de defender sua marca favorita.

Por que você não deve entrar na guerra de consoles

Sabe aquela energia toda que você coloca defendendo o seu console favorito? Pois é, a realidade é que, para a maioria dos jogadores, esse esforço é totalmente sem recompensa.

Afinal, você realmente acha que uma fabricante de consoles vai te mandar uma carta de agradecimento por batalhar contra os inimigos da marca? Spoiler: não vai.

E é claro que aqui eu estou falando sobre pessoas comuns, não sobre quem, de fato, trabalha para determinada marca.

A verdade é que você, pessoa comum, está apenas alimentando um ciclo vicioso de marketing sem perceber. Essas rivalidades não afetam sua vida em nada, mas ajudam as empresas a faturarem ainda mais, com você servindo de porta-voz gratuito para elas.

No final das contas, você só está dando mais visibilidade a uma competição que, no fundo, é só uma estratégia comercial para vender produtos.

Então, se você quer realmente aproveitar os jogos, sem se envolver em disputas fúteis, é simples: jogue pelo prazer, não pela marca.

Lembre-se de que jogos são sobre diversão, experiências imersivas e boas histórias.

Se você não é acionista da empresa, isso não faz sentido

A guerra de consoles, apesar de toda a rivalidade, traz algumas lições que valem a pena. A principal delas é fazer a gente pensar no que realmente importa em um console.

Não é sobre qual marca tem o gráfico mais bonito ou o controle mais legal. Você só precisa entender o que faz sentido para o seu estilo de jogo.

As empresas podem criar mil histórias de “nós contra eles”, mas no fim das contas, a única competição real é você com você mesmo, na busca do que realmente vai te divertir.

Em vez de se deixar levar pela pressão, seja do seu amigo ou da própria marca, a lição é bem simples: escolha o que te faz mais feliz.

Tem um monte de opções bacanas por aí, seja um remaster de um clássico ou aquele jogo novo de Metroidvania.

A não ser que você seja acionista da empresa que está defendendo, o que não é a realidade de 99,99% das pessoas, não faz sentido algum ser hostil com quem escolheu o outro lado. Pare de agir como se sua vida dependesse disso.

Conclusão

A guerra de consoles, com suas rivalidades históricas e fanatismo de marca, é uma competição que, no final das contas, não afeta suas escolhas como jogador.

As empresas se beneficiam da rivalidade, mas você, como consumidor, está apenas alimentando uma disputa que não te traz nenhuma recompensa.

Escolha o que realmente faz sentido para o seu estilo de jogo, sem se deixar influenciar pela pressão externa ou pela guerra de marketing.

Não há problema nenhum em ter preferências. Você pode gostar mais dos jogos da Nintendo, por exemplo, e não curtir muito os jogos de outras plataformas. Você só não precisa agir como um cavalo com os coleguinhas que têm preferências distintas.

Então, me fala a real: você vai continuar defendendo apenas uma marca, ou vai aproveitar o que os jogos têm de melhor? 😉

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Giovanna Coppola
Giovanna Coppola

Uma das minhas memórias mais antigas sou eu com aproximadamente 6 anos deixando o Mega Drive ligado a noite toda porque não podia perder meu progresso em Sonic the Hedgehog. Além de jogos de videogame, sou apaixonada por tecnologia, cultura geek, arte, k-dramas, café, gatos e mais algumas coisinhas.

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