Você já parou para pensar o que faz certos jogos serem tão viciantes que a gente perde a noção do tempo? O subgênero Metroidvania é um exemplo perfeito disso.
Ele mistura exploração, mapas conectados e aquela sensação de evolução constante, criando experiências que ficam na memória de quem se aventura por esses mundos.
O nome “Metroidvania” vem da combinação de dois clássicos, Metroid e Castlevania: Symphony of the Night. Com o tempo, esse estilo foi conquistando fãs ao redor do mundo e virou um dos subgêneros mais populares, principalmente no universo indie.
Mas afinal, o que é um jogo Metroidvania? E por que tanta gente é completamente obcecada por esse estilo?
Origem do termo “Metroidvania”
O termo “Metroidvania” surgiu da mistura de dois clássicos: Metroid (1986) e Castlevania: Symphony of the Night (1997). Mesmo lançados com mais de 10 anos de diferença, esses jogos trouxeram ideias inovadoras que moldaram o subgênero que conhecemos hoje.
Tudo começou com Metroid, um jogo da Nintendo para o NES. Na época, ele foi um divisor de águas ao introduzir a exploração não linear.
Ao invés de seguir uma sequência rígida, Metroid desafiava você a explorar um mapa gigantesco, cheio de áreas secretas e caminhos bloqueados que só eram acessíveis com novas habilidades ou equipamentos. Esse conceito de progresso baseado em upgrades e mapas interligados foi o ponto de partida para o subgênero.
Mais de 10 anos depois, Castlevania: Symphony of the Night, para PlayStation, levou essas ideias ainda mais longe.
Em vez da ação linear dos jogos anteriores da franquia – que, por sinal, é uma das minhas favoritas da vida –, Symphony of the Night trouxe um mundo aberto com muitos segredos e a necessidade de explorar tudo para liberar o potencial do jogo.
Além disso, adicionou elementos de RPG, como ganhar experiência e melhorar equipamentos, o que deu uma camada extra de profundidade à jogabilidade.
Juntos, Metroid e Castlevania: Symphony of the Night não apenas criaram a fórmula do subgênero, mas também influenciaram muitos dos jogos que vieram depois.
A junção dos nomes reflete a combinação perfeita de exploração, desafio e imersão — tudo que continua a atrair fãs até hoje.
Características principais dos jogos Metroidvania

Se existe algo que define um Metroidvania, é a sensação de se perder – mas de um jeito divertido. Esses jogos são conhecidos por suas mecânicas que desafiam a lógica linear.
Nada de “vá do ponto A ao ponto B direto”. Aqui, o mapa é seu playground, e a exploração é a alma do negócio.
Progressão não linear
Em Metroidvanias, você não segue um caminho óbvio. Você pode até começar com a ideia de “ir para a direita”, mas logo se depara com um portão trancado ou uma parede impossível de escalar.
O segredo? Voltar depois com uma nova habilidade que você nem sabia que precisava, mas que muda tudo.
Esse vai e volta faz parte do charme e cria uma sensação incrível de conquista quando você finalmente supera aquele obstáculo.
Mapas interconectados
Imagine um quebra-cabeça gigante, onde cada peça é um pedaço do mapa que se conecta com outra. Metroidvanias adoram brincar com essa ideia.
Você começa em um canto pequeno e, aos poucos, vai desvendando passagens secretas e atalhos que transformam um mundo gigante em algo muito mais acessível (ou quase isso).
Exemplos como Hollow Knight mostram isso lindamente, com mapas que são verdadeiras obras de arte.
Habilidades desbloqueáveis
Quem nunca teve aquele momento de “agora eu entendi”? Nos Metroidvanias, você ganha habilidades que fazem você se sentir incrível. Ganchos para escalar, golpes mais fortes, ou até mesmo a habilidade de virar uma bolinha (olá, Metroid).
Esses upgrades não são só legais, mas também essenciais para acessar áreas novas e descobrir segredos.
Combate e resolução de enigmas
Esses jogos também sabem como testar sua paciência. O combate exige estratégia, reflexos rápidos e, às vezes, um pouco de sorte.
Além disso, os enigmas estão sempre lá para dar aquele nó na cabeça. Quem jogou Ori and the Blind Forest (ou o sucessor Ori and the Will of the Wisps) sabe o quanto é satisfatório resolver um puzzle ou derrotar um chefe depois de várias tentativas.
A experiência única
Tudo isso junto cria algo especial: um jogo que desafia, recompensa e surpreende.
Metroidvanias conseguem misturar exploração, combate e quebra-cabeças de um jeito que poucos subgêneros conseguem. Eles não só testam suas habilidades, mas também sua paciência e curiosidade.
E no final? Vale a pena cada segundo perdido tentando descobrir “como, pelos pixels sagrados, eu chego ali?”
Por que o subgênero é tão popular?

O que faz os Metroidvanias serem tão amados? Simples: eles têm aquela fórmula mágica que faz o cérebro soltar fogos de artifício.
Começa com o senso de conquista. Poucos subgêneros conseguem te fazer sentir tão incrível ao desbloquear uma nova habilidade ou finalmente abrir aquela passagem que estava ali te provocando o tempo todo.
Outro ponto de destaque é a imersão. Os mapas, cuidadosamente desenhados, praticamente te convidam a se perder, mas de um jeito bom. Eles escondem histórias, segredos e atalhos que transformam cada jogo em um mundo vivo, quase como se o mapa fosse outro personagem.
Jogos como Dead Cells levam isso ao nível máximo, misturando design inteligente com um combate eletrizante.
E o que dizer da liberdade? Em Metroidvanias, você não é um espectador passivo. Você decide onde ir, mesmo que a escolha leve a um chefe monstruoso que você claramente ainda não está pronto para enfrentar.
Esses desafios fazem parte da magia. Eles são frustrantes, mas também incrivelmente recompensadores quando finalmente superados.
Outro fator que impulsionou o subgênero é sua popularidade nas plataformas modernas, especialmente entre os jogos indie.
Títulos como Celeste e o já citado Hollow Knight trouxeram frescor ao estilo, com histórias emocionantes, visuais marcantes e trilhas sonoras que grudam na cabeça. Eles mostraram que os Metroidvanias não apenas sobreviveram ao tempo, mas também evoluíram, conquistando uma nova geração de pessoas que jogam e amam.
No fim, a popularidade do subgênero vem da mistura de liberdade, desafio e recompensa. Cada partida é uma aventura, e cada conquista, uma vitória pessoal.
É por isso que, mesmo depois de décadas, os Metroidvanias continuam sendo uma escolha favorita entre quem busca diversão e um bom quebra-cabeça (ou vários) para resolver.
A influência dos Metroidvanias nos jogos modernos

Os Metroidvanias se espalharam e influenciaram muitos outros tipos de jogo. A ideia de exploração não linear e a progressão gradual das habilidades se encaixam como uma luva em várias mecânicas.
Jogos como Ender Lilies: Quietus of the Knights e Axiom Verge misturam mapas interconectados e desbloqueio de áreas com habilidades específicas, criando experiências únicas.
O impacto dos Metroidvanias também é enorme na cena indie. Times independentes de desenvolvimento viram que esse estilo de jogo permite uma grande liberdade criativa sem precisar de orçamentos gigantescos.
Dandara, um jogo de plataforma e metroidvania 2D desenvolvido pelo estúdio brasileiro Long Hat House, é um excelente exemplo disso.
A personagem principal, inspirada na guerreira negra Dandara dos Palmares, atravessa um mundo desafiador e cheio de segredos, mostrando como a exploração e a mecânica de progressão podem ser inovadoras dentro do subgênero.
Lista de jogos Metroidvania recomendados
Se você quer se aventurar pelo mundo dos Metroidvanias, aqui estão alguns títulos que são praticamente obrigatórios para qualquer fã do subgênero:
- Hollow Knight: um dos maiores sucessos modernos, Hollow Knight tem um design de níveis impressionante. O jogo combina exploração e combate desafiador com um mundo vasto e atmosférico. A aventura pelo Reino Hollow te desafiará de todas as formas possíveis;
- Axiom Verge: um jogo que faz uma linda homenagem aos clássicos, com um toque moderno. Axiom Verge traz uma narrativa intrigante e mecânicas de exploração que lembram os melhores momentos de Metroid;
- Blasphemous: um jogo sombrio e desafiador, Blasphemous mistura elementos de Metroidvania com um visual gótico e uma história cheia de mitologia. A dificuldade é alta, mas a recompensa é grande;
- The Messenger: uma aventura interessante que alterna entre gráficos 8-bit e 16-bit, trazendo uma experiência nostálgica e desafiadora ao mesmo tempo;
- Ender Lilies – Quietus of the Knights: com um estilo visual encantador e uma história de reinos devastados, Ender Lilies mistura ação fluida com uma exploração envolvente;
- Dandara: a aventura de Dandara, baseada na guerreira brasileira, é única, com uma mecânica de movimento que desafia a gravidade e um mundo repleto de mistérios a ser descoberto;
- Dead Cells: com elementos de roguelike, Dead Cells combina ação intensa e uma exploração emocionante, criando um desafio contínuo a cada nova jogada. A progressão não linear e o combate fluido fazem desse título uma verdadeira obra-prima;
- Ori and the Blind Forest: um jogo visualmente deslumbrante, Ori combina uma narrativa emocionante com uma jogabilidade de plataforma desafiante e uma mecânica de Metroidvania que vai prender você do começo ao fim;
- Guacamelee!: um jogo com temática mexicana que mistura humor, ação e exploração com um estilo vibrante e cativante. Guacamelee! é perfeito para quem busca algo leve, mas ainda desafiador.
Conclusão
Os Metroidvanias chegaram para ficar e, com razão. O charme desses jogos está na mistura de exploração, descobertas e aquele gostinho de “acabei de desbloquear uma área secreta, sou o máximo!”
A progressão não linear e os mapas interconectados fazem a experiência ser como um quebra-cabeça que vai se montando aos poucos, sem pressa. E a cada habilidade nova adquirida, a sensação de conquista fica ainda mais gratificante.
Não dá para negar a importância dos Metroidvanias na evolução dos games. Eles provam que a diversão não precisa ser só sobre ação frenética ou gráficos super realistas, mas também sobre o prazer de explorar, descobrir e superar.
Então, que tal se aventurar por esses mundos incríveis e ver o que você consegue desbloquear por lá? Quem sabe qual desafio espera no próximo corredor? 😉
Adorei o site, Metroidvanias são um dos meus gêneros favoritos, inclusive comecei a TENTAR fazer speeruns de Bloodstained, é o meu jogo de conforto s2
Ahhh que legal! Bloodstained ainda não joguei, mas tá na lista. Obrigada pelo carinho de comentar! 😀